sexta-feira, 2 de novembro de 2018


Fecho o livro intimo,
nem foi a primeira vez
desta vez chorei
não acorrentamos filhos
não queremos volta
tudo cresce e muda
e tudo se amolda

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

O sangue nos laços não resiste às águas cristalinas, ou são as águas cristalinas que não resistem aos laços?


queres acreditar
e devo creditar,
e notas falsas
não observar,
se eu me calo,
talvez não quero,
se não prego alto,
não sei ditar,
mero discurso,
que te permite
amor seguro
a balançar
resta vazio
cheio orgulho
fecham as portas
crescem os muros
e amizades mortas.



Foi breve. 
sem tempo,
sem pensar.
um descarte
jaz, rápido
o repelido
só, sumiu,
as palavras
o silencio
no desenlace,
te conheci.


Não duvides do ódio, ele é criado por vós. Duvides do amor, que nasceu sem que soubesse e pode ir embora sem que o percebas.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018





Nem foi o inferno que parece ser, tampouco havia inocencia. Há um quê de imaginario e verdade. Lembro-me criança, das altas janelas de um casarão. Bem pouco tempo, vi uma casa simples cujas janelas nem eram altas. Criamos imagens e lembranças quando somos pequenos, outras pelo sentido, não poderiam ser criadas e por isso, devemos nos permitir voltar em nossos instantes, mas, nunca trazer deles sentimentos infelizes, pois, se nem tudo é imaginario, já não está mais presente. Assim eu faço

quarta-feira, 26 de setembro de 2018


Tereza
O muro, do tanque feito degrau, pulávamos para Tereza cuidar. Vó de nome e carinho vizinho, dos piolhos catados e Maria Chiquinhas, nenhuma voz alterada em nossa lembrança, também nunca viu desconfiada no filho, alguém que gostava demasiado de crianças.
Não raros momentos sombrios, ao ver afagos em pele inocente,que na lembrança da Tereza, seu filho dedicado, nunca o percebeu doente, perseguiu nós, crianças, por anos e anos a fio.
Quando Jaz, outras fugiram com a sorte, do algoz não tiveram a presença, e o filho de Tereza na hora da morte, do Anjo que ao inferno proclamou sentença.
E Tereza, nome de serva e mãe gentil, serviu na vida netos-crianças, aguardava o filho na morte com esperança,mas no céu ninguém falou, ela não viu.


Separado em que distante, não tão triste como pensava ser, eis que tua presença vibrante, impõe-se, incomoda pelo ser oscilante, que faz, que dita aquilo que quer, e deveras quisesse ser tão confiante, teu fraco amor vacilante, não mostra que é o que diz, e aquilo que um dia foi lindo, hoje nem existe a esperança de um amor arrancado a raiz.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018




As vezes o medo de algo, que não sabemos delimitar a forma. Algo que esta no imaginário sem um conceito de existência, sem previsão de tempo, mas, que nos ronda as sensações e nos oprime, desalenta, cansa. Impõe a vontade de um colo, de um abraço, como a nos proteger deste algo, que está em nós mesmos.

terça-feira, 7 de agosto de 2018





Ronda o pensamento, daquilo que não sabe dizer 
embaralha a alma feito ave em revoada 
desequilibra sentimentos, e os aprofunda
destoa o compasso e o batimento do coração,
quem dera fosse o amor, mas, não traz inspiração
nem traz vontade de viver, nem possui emoção,
é o nada que suga tudo, é tudo que parece nada
é sorrateira e triste e de tão triste não acaba,
é a depressão


Versos de eufórica alegria no deslizar de sua inocência cria laços ainda que não meça a distância faz-se em sorriso a melancolia enquanto brinca e caminha na infância.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018






Eu desejei tanto sua alegria e  tu só percebeste o vão entre meus dentes.




Os ferros de meu ser, pintados ao papel de parede, te convencem de minha fortaleza, até que sopres teus ventos constantes a rasgar minhas fragilidades.



A valoração as vezes é de borracha, as vezes estica outras vezes apaga.

                                                                 SOMBRAS
Nem sempre a luz do candeeiro poderá definir a forma das sombras. Colocá-las na penumbra não ajudará a compreende-las, mas, certamente isso dará liberdade a imaginação, que talvez deturpe o seu formato. Será preciso as vezes, se eximir de conceitos predefinidos e também, de sentimentos para compreendê-las, e se ainda assim, for difícil a definição, aproxime-se, pois, quando ver sua própria sombra na mesma posição da que precisa definir, certamente irá compreendê-la.

        Parece que recebi um soco na cabeça, busco equilibrar a sensação, controlando minha voz. Meus pés formigam à vontade de mover-lhes e...