quarta-feira, 11 de novembro de 2009

criança de rua

ao longo dos suaves fios lisos
ao encontro do ombro bem torneado
pode se ver a imagem distraida e bela
da criança de olhar esfomeado

sentada ao longo da praça central
da cidade de movimento enervante
nas mãos sujas não há alimento
só um saco de cola alucinante

invisivel a todos que passam a volta
não tem passado e não enxerga o futuro
só vive, na fome do presente viciante
da criança sem pais, sem país, sem mundo

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        Parece que recebi um soco na cabeça, busco equilibrar a sensação, controlando minha voz. Meus pés formigam à vontade de mover-lhes e...