Malvadeza era o apelido do Manoel padeiro.
Não porque era mal, mas porque tripudiava com as mulheres feias da cidade.
Era só passar uma mulher feia, e logo malvadeza passava a contar piada de mulher feia.
Um dia malvadeza se apaixonou e casou.
A cidade chama a noiva de Maria Caridade.
Não porque é caridosa, mas, porque só por caridade Maria poderia casar com o feio do Malvadeza.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
A janela batia, as ondas de vento pareciam ser portadoras daquela sensação gélida que havia tomado conta de Maria.
Não podia acreditar. Jamais havia passado pela cabeça que sua filha podia agir desta forma. Nem mesmo seu marido, se é que podia chamá-lo por este titulo.
Mal havia passado 30 segundos do momento em que recebeu a noticia, mas, na sua cabeça parecia ter revivido anos. Conseguiu visualisar todos os anos em que viveu com Charles, pequena palavras, pequenos gestos, pequenos olhares.
Como fui tola, pensou. Burra.. burra.. como não vi o que estava diante dos meus olhos?
Caiu sentada na poltrona.. estupefada diante de seu enteado, o portador da noticia.
Charles e Joana haviam fugido.
A dor era estranha, uma mistura de raiva e de ciume. Parecia que ja esperava qualquer atitude horrivel de ambos, por isso, nem era decepção que sentia, era raiva.
Estava espantada, porque, embora parecia preparada para uma traição, ambos a trairam para ficar juntos. Isso jamais havia passado por sua cabeça. A própria filha com o marido.
Joana, filha de seu primeiro casamento, possuia 10 anos quando Maria foi viver com Charles. Era uma menina. Charles a tratou como filha desde o principio, como poderia mudar agora passados 15 anos?
-Ran..ran - pigarreou Luciano para lhe chamar a atenção.
Maria se assusta, parecia dopada.
Ela enxuga os olhos, respira fundo e se prepara, pois, sabe que noticia ruim nunca vem sozinha.
- Desculpe Maria, estou tão espantado quanto voce. Quando meu pai me ligou, fiquei tão feliz, pois era grande a preocupação. Foram dois dias de sumiço. Entretanto, quando ele relatou os acontecimentos fiquei tão espantado quanto voce. Jamais podia imaginar que ele e Joana fosse capaz de trair voce. Eu sinto muito.
Maria esboçou um sorriso de agradecimento e pediu que ele contasse tudo.
- Maria, não bastasse ser incubido de trazer tão péssima noticia, ainda há coisa pior. Ele e Joana venderam tudo o que podiam, e meu pai retirou todo o dinheiro da aplicação, tirou dinheiro da sua conta venderam o carro que voce deu para Joana e o apto da praia . Só não venderam esta casa e o sitio em Pindorama.
- Maria, continuou Luciano - Ele sabe que não há perdão para tudo o que estão fazendo com voce, mas, disse que não poderiam sobreviver sem dinheiro, até que pudesse arrumar a vida juntos.Disse que um dia vai devolver tudo que tirou de voce. Nós sabemos que isso nunca vai acontecer.
- Peço perdão, Maria. Peço perdão pelo meu pai. Jamais pensei que ele fosse capaz de uma traição desta.
Maria mais uma vez respirou fundo.
Ficou de pé. Abraçou o enteado e pediu que ele não se preocupasse, ela estava bem, mas, por hora precisava ficar sozinha para avaliar toda a extensão do estrago material causados por eles.
Agradeceu os sentimentos do rapaz, e assim que ele saiu, trocou de roupa, pegou uma caixa de jóias, ligou para seu advogado e marcou de encontra-lo no banco, onde descobriu que suas contas estava limpas.
Relatou todo ocorrido a Alfredo, o advogado, e entregou-lhe a caixa de jóias dizendo:
-Aqui esta tudo o que tenho por hora. Tudo isso para voce colocar o canalha na cadeia e tirar-lhe tudo o que ele roubou de mim. Não vai ser dificil, pois, o carro que dei para Joana e o apto da praia estavam em meu nome. Nunca dei procuração nem assinei venda alguma, portanto, eles devem ter falsificado minha assinatura. Não sei como ele limpou minhas contas, mas quero um relatório do banco quanto a saida do dinheiro, dia hora, em qual banco, filmagens se tiver, tudo o que voce puder levantar. Contrate um investigador, vasculhe tudo. O canalha só não vendeu minha casa e o sitio por causa do usufruto que deixei gravado para minha mãe, que ainda esta viva. Ainda bem que fiz isso, parece que eu havia pressentido coisa ruim no ar.
- E quanto a Joana?
- Joana é minha filha, infelizmente. Se colocar ela na prisão meu filho e meu ex-marido não vão me perdoar. Por isso, dela, nem quero ouvir falar o nome, só tire tudo dela, se precisar entrar com ação de restituição, por fraude, faça-o, mas contra ela não instaure inquérito policial nem ação penal.
Alfredo, após ter anotado tudo, devolveu a caixa de jóia para Maria dizendo não ser necessário o pagamento pelo trabalho, pois, durante todos estes anos, sempre foi mais que um advogado, sempre foi um amigo. E, se houver alguém a fazer mal para tão nobre amiga, ele sempre será o primeiro a querer defende-la. Além disso, jamais gostou de Charles. Colocá-lo na cadeia será mais que um trabalho, será um prazer.
Já havia passado uma semana. Cada vez que o telefone tocava, Maria parece pronta a ter um enfarte. Quem seria.. tão tarde?
Era Alfredo, o advogado.
- Maria, encontrei Charles, alias, fui encontrado por Charles. Ele acabou de sair daqui.
E continuou:
- Não sei se a noticia é boa ou ruim. Charles esteve aqui, esta arrazado. Joana sumiu, e com ela, sumiu todo o dinheiro que Charles tomou de voce.
Maria começou a rir. A gargalhada preenchia os comodos vazios da casa.
- Não diga mais nada Alfredo. Já estou feliz com a notícia que voce acaba de me dar. Não quero mais ouvir falar de Charles ou de Joana. O canalha já recebeu da vida o que merece.
- O que voce esta fazendo agora? Perguntou Maria.
- Nada, respondeu Alfredo, porque ? Voce quer que eu vá até sua casa?
- Vamos comemorar? convidou Maria.
Alfredo e Maria a partir daquele dia, podiam ser visto sempre juntos na noite Paulista.
Alguns podiam jurar que eram mais que amigos, mas ninguém até hoje sabe afirmar com certeza. E quanto a Charles e Joana?
Charles trabalha em uma loja no Bras e mora em uma pensão no Centro da cidade. Maria tratou de esquecê-lo.
Joana, segundo algumas amigas, achou que havia ficado rica e foi tirar férias em Las Vegas, de lá só voltou com o dinheiro da passagem. Hoje trabalha em uma lanchonete na praia de Peruibe, litoral sul.
Nunca mais procurou a mãe.
Não podia acreditar. Jamais havia passado pela cabeça que sua filha podia agir desta forma. Nem mesmo seu marido, se é que podia chamá-lo por este titulo.
Mal havia passado 30 segundos do momento em que recebeu a noticia, mas, na sua cabeça parecia ter revivido anos. Conseguiu visualisar todos os anos em que viveu com Charles, pequena palavras, pequenos gestos, pequenos olhares.
Como fui tola, pensou. Burra.. burra.. como não vi o que estava diante dos meus olhos?
Caiu sentada na poltrona.. estupefada diante de seu enteado, o portador da noticia.
Charles e Joana haviam fugido.
A dor era estranha, uma mistura de raiva e de ciume. Parecia que ja esperava qualquer atitude horrivel de ambos, por isso, nem era decepção que sentia, era raiva.
Estava espantada, porque, embora parecia preparada para uma traição, ambos a trairam para ficar juntos. Isso jamais havia passado por sua cabeça. A própria filha com o marido.
Joana, filha de seu primeiro casamento, possuia 10 anos quando Maria foi viver com Charles. Era uma menina. Charles a tratou como filha desde o principio, como poderia mudar agora passados 15 anos?
-Ran..ran - pigarreou Luciano para lhe chamar a atenção.
Maria se assusta, parecia dopada.
Ela enxuga os olhos, respira fundo e se prepara, pois, sabe que noticia ruim nunca vem sozinha.
- Desculpe Maria, estou tão espantado quanto voce. Quando meu pai me ligou, fiquei tão feliz, pois era grande a preocupação. Foram dois dias de sumiço. Entretanto, quando ele relatou os acontecimentos fiquei tão espantado quanto voce. Jamais podia imaginar que ele e Joana fosse capaz de trair voce. Eu sinto muito.
Maria esboçou um sorriso de agradecimento e pediu que ele contasse tudo.
- Maria, não bastasse ser incubido de trazer tão péssima noticia, ainda há coisa pior. Ele e Joana venderam tudo o que podiam, e meu pai retirou todo o dinheiro da aplicação, tirou dinheiro da sua conta venderam o carro que voce deu para Joana e o apto da praia . Só não venderam esta casa e o sitio em Pindorama.
- Maria, continuou Luciano - Ele sabe que não há perdão para tudo o que estão fazendo com voce, mas, disse que não poderiam sobreviver sem dinheiro, até que pudesse arrumar a vida juntos.Disse que um dia vai devolver tudo que tirou de voce. Nós sabemos que isso nunca vai acontecer.
- Peço perdão, Maria. Peço perdão pelo meu pai. Jamais pensei que ele fosse capaz de uma traição desta.
Maria mais uma vez respirou fundo.
Ficou de pé. Abraçou o enteado e pediu que ele não se preocupasse, ela estava bem, mas, por hora precisava ficar sozinha para avaliar toda a extensão do estrago material causados por eles.
Agradeceu os sentimentos do rapaz, e assim que ele saiu, trocou de roupa, pegou uma caixa de jóias, ligou para seu advogado e marcou de encontra-lo no banco, onde descobriu que suas contas estava limpas.
Relatou todo ocorrido a Alfredo, o advogado, e entregou-lhe a caixa de jóias dizendo:
-Aqui esta tudo o que tenho por hora. Tudo isso para voce colocar o canalha na cadeia e tirar-lhe tudo o que ele roubou de mim. Não vai ser dificil, pois, o carro que dei para Joana e o apto da praia estavam em meu nome. Nunca dei procuração nem assinei venda alguma, portanto, eles devem ter falsificado minha assinatura. Não sei como ele limpou minhas contas, mas quero um relatório do banco quanto a saida do dinheiro, dia hora, em qual banco, filmagens se tiver, tudo o que voce puder levantar. Contrate um investigador, vasculhe tudo. O canalha só não vendeu minha casa e o sitio por causa do usufruto que deixei gravado para minha mãe, que ainda esta viva. Ainda bem que fiz isso, parece que eu havia pressentido coisa ruim no ar.
- E quanto a Joana?
- Joana é minha filha, infelizmente. Se colocar ela na prisão meu filho e meu ex-marido não vão me perdoar. Por isso, dela, nem quero ouvir falar o nome, só tire tudo dela, se precisar entrar com ação de restituição, por fraude, faça-o, mas contra ela não instaure inquérito policial nem ação penal.
Alfredo, após ter anotado tudo, devolveu a caixa de jóia para Maria dizendo não ser necessário o pagamento pelo trabalho, pois, durante todos estes anos, sempre foi mais que um advogado, sempre foi um amigo. E, se houver alguém a fazer mal para tão nobre amiga, ele sempre será o primeiro a querer defende-la. Além disso, jamais gostou de Charles. Colocá-lo na cadeia será mais que um trabalho, será um prazer.
Já havia passado uma semana. Cada vez que o telefone tocava, Maria parece pronta a ter um enfarte. Quem seria.. tão tarde?
Era Alfredo, o advogado.
- Maria, encontrei Charles, alias, fui encontrado por Charles. Ele acabou de sair daqui.
E continuou:
- Não sei se a noticia é boa ou ruim. Charles esteve aqui, esta arrazado. Joana sumiu, e com ela, sumiu todo o dinheiro que Charles tomou de voce.
Maria começou a rir. A gargalhada preenchia os comodos vazios da casa.
- Não diga mais nada Alfredo. Já estou feliz com a notícia que voce acaba de me dar. Não quero mais ouvir falar de Charles ou de Joana. O canalha já recebeu da vida o que merece.
- O que voce esta fazendo agora? Perguntou Maria.
- Nada, respondeu Alfredo, porque ? Voce quer que eu vá até sua casa?
- Vamos comemorar? convidou Maria.
Alfredo e Maria a partir daquele dia, podiam ser visto sempre juntos na noite Paulista.
Alguns podiam jurar que eram mais que amigos, mas ninguém até hoje sabe afirmar com certeza. E quanto a Charles e Joana?
Charles trabalha em uma loja no Bras e mora em uma pensão no Centro da cidade. Maria tratou de esquecê-lo.
Joana, segundo algumas amigas, achou que havia ficado rica e foi tirar férias em Las Vegas, de lá só voltou com o dinheiro da passagem. Hoje trabalha em uma lanchonete na praia de Peruibe, litoral sul.
Nunca mais procurou a mãe.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
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